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ATA | ASSEMBLEIA POPULAR 1ª MARCHA TRANSMASCULINA DE SÃO PAULO

Atualizado: 29 de fev.



primeira assembleia popular transmasculina pra construção da primeira marcha transmasculina de são paulo - organizada pelo ibrat=sp
Foto: Dylan Gayer

Este texto registra um momento histórico na trajetória da luta pela visibilidade e pelos direitos da comunidade transmasculina em São Paulo. Reunidos na Casa de Acolhimento João Nery, às 15 horas da tarde, no dia 18 de fevereiro de 2024, nos unimos para promover um espaço de diálogo e construção coletiva para a Primeira Marcha Transmasculina de São Paulo.


A motivação para este encontro surgiu da necessidade de marcar nossa presença, nos conhecermos e sermos ouvidos. A criação desse espaço é para que possamos trocar experiências, trata-se de um espaço democrático e participativo. Nos organizamos em comitês, cada qual com seu foco de ação para a realização da Marcha. Assim, todas as pessoas que desejaram somar puderam de acordo com interesse e afinidade adentrar nos comitês.


Durante a assembleia pudemos apresentar o IBRAT, sua história, com sua estrutura e seus membros, assim como a importância da sua articulação na cidade de São Paulo. Trouxemos para diálogo também a importância da construção da Marcha, e o que foi elaborado até o momento da chamada  Assembleia, e o porquê de se organizar em forma de ‘’comitês’’, e qual a motivação de cada um deles (jurídico, abertura, decoração, segurança, acolhimento, agitação, cultural, cobertura, organizador de falas.)


As articulações para que a Marcha aconteça são muito importantes e por isso também foi o foco da Assembleia, assim como as parcerias e as construções conjuntas, como por exemplo a importância desse momento histórico que está acontecendo na Casa João Nery.

Todas as pessoas da assembleia puderam se posicionar e contribuir, as pessoas que desejam contribuir dentro dos comitês e assim da preparação e execução da marcha precisaram assinar um termo de consentimento de imagem, para registros da mesma,  e um termo de voluntariado. Assim, temos registrados todos os integrantes do evento da primeira marcha transmasculina de São Paulo.


Durante a Assembleia houveram registros importantes, já que esse momento constitui a história da Marcha em si, e todos presentes já estão fazendo história. Todos os registros foram motivados para possibilidade de memória para a construção da história masculina e tem como foco se materializar em formato de mini documentário


Foi exposto tudo que já temos para a Marcha:


Suporte de Saúde: Agentes da secretaria municipal de saúde estão disponíveis para fornecer informações sobre prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e conscientização durante o evento.


Alimentação: Foi providenciado um total de 100 lanches e águas para a equipe durante a marcha, garantindo que todos tenham energia e se mantenham hidratados.


Transporte: As pessoas acolhidas na Casa João Nery receberam apoio de apadrinhamento para garantir que possam ir e voltar da marcha de forma segura e acessível.


Visibilidade: A presença da bandeira trans gigante irá proporcionar uma forte visibilidade para a comunidade transmasculina durante a marcha.


Comunicação: Mensagens sobre a marcha foram divulgadas no aplicativo do Grindr e no grupo Projetemos, alcançando um amplo público e incentivando a participação.


Durante a marcha, novas contribuições foram sugeridas e apresentadas:


- Execução de camisetas personalizadas com o logo do IBRATsp e o símbolo da primeira marcha transmasculina, além de espaço para personalização com spray no próprio evento. Considerou-se a possibilidade dessas camisetas serem brancas, com o logo do IBRAT pequeno nas mangas ou na frente, o símbolo da marcha na frente e a parte de trás reservada para pintura com spray.


- Criação de um espaço delimitado próximo ao trio elétrico que seja confortável, seguro e acessível para PCDs e crianças, proporcionando um ambiente inclusivo e acolhedor durante o evento.


- Estabelecimento de um "comitê de encontros" para auxiliar pessoas que não conhecem a região. Esses encontros seriam realizados em intervalos regulares durante a marcha, permitindo que os participantes recebessem orientações sobre o caminho da estação mais próxima até o evento. Sugestão que foi encaminhada para o Comitê de Acolhimento.


- Sugestão da importância de um "aviso final" a ser feito no microfone, informando qual é o metrô mais próximo, como chegar até ele e a relevância de se locomover em grupos para garantir a segurança de todos os participantes. Proposta também encaminhada para o Comitê de Acolhimento para organizar a dinâmica.


- Conscientização das pessoas sobre a solicitação de revista policial apenas por mulheres, visando garantir um ambiente de segurança e respeito para todos os presentes.


- Proposta de identificação dos membros da organização da marcha por meio de crachás, pulseiras, carimbos ou faixas no braço, facilitando a comunicação e a identificação das pessoas responsáveis pelo evento.


- Confirmação da participação do Vote LGBT e sugestão para a inclusão do grupo Lambs, ampliando assim o apoio e engajamento na marcha.


Sugestão para a criação do manifesto:


- Reivindicação de penitenciárias exclusivas para pessoas trans, visando garantir a segurança e integridade física desses indivíduos em ambiente prisional, considerando as especificidades e desafios enfrentados pela comunidade trans.


- Proposta de isenção de impostos em universidades para que pessoas trans possam acessar matérias específicas que condizem com suas condições e vivências sem precisarem enfrentar barreiras financeiras, promovendo assim a igualdade de oportunidades educacionais e o acesso ao conhecimento.


- Pleito pela ampliação do Transcidadania, incluindo a construção de cotas para pessoas transmasculinas, de modo a garantir a inclusão e participação plena em programas de assistência social e oportunidades de inserção no mercado de trabalho.


- Proposta de financiamento público para projetos de esportes destinados a pessoas transmasculinas, visando promover a saúde física, mental e emocional dessa comunidade, além de incentivar a participação em atividades esportivas como forma de inclusão e integração social.


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