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Ravi Spreizner

Homem trans, ativista, bissexual, comunicador e educador. Atua em movimentos políticos desde 2013, quando participou das Jornadas de Junho e começou a atuar no movimento estudantil.

Ravi Spreizner é ativista, educador e trabalha com comunicação desde 2011. Nascido em Curitiba-PR em 1993, ficou desde os 9 anos no Paraná, morando em diversas localidades - devido às dificuldades-, mas passou a maior parte do tempo na região metropolitana de Pinhais. Depois vem para Osasco-SP, onde passa a se desenvolver e se entender enquanto pessoa LGBTIQA+.  Também acaba morando em diversas localidades, do Veloso ao centro. Sai de casa aos 16 anos por problemas familiares e retorna para Curitiba ao fazer 18 anos. Com 28 anos, retorna novamente a São Paulo, agora na região central, onde se encontra hoje. Passando assim, sua vida dividido nesses dois estados e sendo atravessado por essas diferentes vivências, da periferia ao centro. Além disso, vale compartilhar que foi criado por duas mulheres solo, sua mãe e avó, em diferentes momentos, e ambas bissexuais e ex-trabalhadoras sexuais, o que faz com que sua visão de mundo aprenda desde cedo a violência de gênero, o mundo lésbico, a desigualdade social e a resistência de mulheres em uma sociedade misógina. Aprende desde cedo a lutar.

 

Ravi tem como formação graduações em Marketing (Universidade Tuiuti do Paraná - UTP) e Letras Português-Inglês (Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR). Além disso, é especialista em História Cultural (UTP), onde estudou o uso das redes sociais para a mobilização social, a partir da sua experiência com o CWB Resiste (@cwbresiste) na cidade de Curitiba - PR. 

 

Profissionalmente, tem vasta experiência com comunicação publicitária, tendo em seu portfolio trabalhos para marcas como Warner Bros. Pictures, Johnson & Johnson, Beautycolor, Gol Linhas Aéreas, Tim e CAIXA. Porém,  nos últimos anos voltou suas atividades para a área da comunicação focada em direitos humanos e política, além da distribuição de matérias investigativas e audiovisual de impacto.

 

No campo dos direitos humanos, já trabalhou para organizações internacionais como a Agência de Refugiados da ONU (ACNUR), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Organização Internacional para as Migrações (OIM) e Witness, que atua em todos os continentes propagando conhecimento sobre o uso do vídeo e tecnologia na defesa dos direitos humanos. Também possui experiência em campanhas políticas majoritárias. Em 2016, coordenou a estratégia digital da candidatura de Xênia Mello à prefeitura de Curitiba - PR pelo PSOL. Já em 2018, foi responsável pela estratégia digital da candidatura ao senado de Mirian Gonçalves pelo PT. Outro trabalho de destaque foi para a Olhar Distribuição, onde foi responsável pela Estratégia Digital de Impacto da distribuição dos filmes Fabiana, Maria Luiza e Alice Júnior (disponível na Netflix). Atualmente é coordenador de redes sociais da Agência Pública, veículo jornalístico mais premiado do Brasil e que faz jornalismo investigativo.


 

Ravi hoje se identifica como um homem trans e é bissexual. Antes dessa nova saída do armário, atuou em diversos movimentos, como o CWB Resiste, coletivo de ocupação das ruas e redes em defesa dos direitos humanos e que nasce puxando o Fora Temer, Marcha das Vadias, Ni Una Menos, e em outras organizações de resistência em pautas LGBTIQA+, feministas, educação e socioambientais. 

 

Durante o curso de letras na UTFPR, integrou a Diretoria Executiva do Diretório Central dos Estudantes Estadual da UTFPR - Gestão 2016/2017 (entidade representativa dos 13 campus da universidade), foi Presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) do campus Curitiba  - Gestão 2016/2017, foi  Diretor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras (Calet) da UTFPR - Gestão 2015/2016 e foi eleito representante dos estudantes dos 13 campus da UTFPR para apresentar as reivindicações da luta por melhorias no auxílio estudantil fornecido pela instituição para as entidades competentes. Vale ressaltar que quando presidente do DCE foi a primeira mulher na história da universidade a ser presidenta. Também integrou o movimento estudantil de ocupação em 2016, o que levou ao seu impeachment da gestão e também processo administrativo por 2 anos, período em que ficou proibido de se formar até o processo ser arquivado.

 

Em 2019, foi selecionado como embaixador da TODXS, a primeira startup social brasileira sem fins lucrativos que promove a inclusão LGBTI+.  Em 2020, integrou a rede mundial Global Shapers, ligada ao Fórum Econômico Mundial, que tem como objetivo influenciar a agenda global ao mesmo tempo em que gera impacto local.  Também em 2020,  criou a Afronta Digital que teve como objetivo ensinar pessoas LGBTIQ+ a criarem narrativas para a internet e produzir documentários com o celular com essa mesma temática, tendo esses mesmos sujeitos como protagonistas, principalmente a população trans e travesti. Esse projeto recebeu a aceleração do Programa IMPACTO da TODXS. O projeto gerou 1ª websérie 100% feita por pessoas trans e travestis e pelo celular, chamada TRANSDEMIA, onde pessoas trans contaram sobre sua resistência durante a pandemia de covid-19.


 

A pandemia veio logo após Ravi se identificar como um homem trans, então além do projeto AFRONTA, passou a atuar em algumas mobilizações de apoio às populações mais vulneráveis. Participou da criação da campanha 1 milhão de 1 real (@1milhaode1real), para distribuir comidas em regiões do Paraná. Após um período da pandemia, ainda em 2020, precisa de um hiato para conseguir lidar com seus processos individuais de hormonização e cirurgias e se afasta de organizações políticas. Em 2021 se muda novamente para São Paulo, para assumir a coordenação de redes na Pública, quando já estavam em retorno ao trabalho presencial. Passa então a compreender uma forma de voltar politicamente, agora focado em pautas transmasculinas de maneira mais incisiva. Dessa forma, entra para o  IBRAT-SP (Instituto Brasileiro de Transmasculinidades) em 2022, passando a lutar para que pessoas trans e travestis tenham seus direitos básicos garantidos e ocupem cada vez mais todos os espaços.

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