Kairos Castro
Nascido e criado na Zona Leste de São Paulo, é não binário, coordenador no IBRATSP, auxiliar de biblioteca no CEU São Miguel Luiz Melodia e está na equipe de produção do TRANSarau, além de ser poeta, drag king e apresentador.
Nascido na Zona Leste de São Paulo, trabalhou por quase dez anos em uma empresa do ramo de hotelaria (2010 a 2019), onde executou funções de arquivista e de supervisor administrativo.
Em 2018 iniciou suas atividades no TRANSarau, onde a princípio começou como apoio e poeta e aos poucos sua posição foi se consolidando no evento, ao qual no hoje integra a coordenação da produção juntamente com mais cinco pessoas trans, que visam dar visibilidade aos trabalhos artísticos de várias linguagem de pessoas dissidentes de gênero, remunerando-as e mostrando as suas potências.No TRANSarau, além da produção de evento, também é poeta e roteirista.
Após entender que a arte no qual sempre se apoiou ao escrever era uma importante forma de dar voz a sua luta como pessoa trans não binária e negra, explorou outras linguagens como a performance e o Drag King, inspirado por outras pessoas não binárias e transmasculinas.
Em 2019 formou-se em técnico de biblioteconomia na ETEC Parque Juventude onde também em 2021 formou-se em técnico em arquivo. Na biblioteconomia conheceu o conceito de biblioteconomia social, onde um dos focos era a difusão da informação, que ele já se identificava, pois no TRANSarau todos eventos possuem um tema, onde o roteiro é montado para trazer informações e muitas vezes o foco é sobre a história dos corpos dissidentes de gênero, para que no amanhã não esqueçamos do passado, Kairos acredita que temos sempre que celebrar e nos lembrar da importância das histórias daqueles que passaram e lutaram pelo nosso direito de existir no agora.
Em 2021 quando foi chamado pela fila do SUS para fazer a mastectomia, percebeu o quanto pessoas transmasculinas estavam desamparadas de informações, referente tanto a entrada na fila, como também no pós operatório e por isso se aproximou muito de várias outras pessoas transmasculinas e começou a oferecer as informações que tinha conseguido com a sua própria cirurgia pelo SUS.
Já em 2022 começou a compor a equipe do IBRATSP como coordenador de cultura, porém por conta da sua experiência e preocupação com a falta de informações sobre saúde, passou a ser membro do Comitê de Saúde de LGBTQIA+ onde observou o quanto de informações ficavam apenas no âmbito de pessoas cisgêneras e também aprendeu muito sobre os processos, em outubro de 2022 deixou de integrar o comitê pois suas demandas como auxiliar de biblioteca não conseguiam conciliar com as reuniões.
Atualmente, além de ser membro do IBRAT e do TRANSarau, trabalha também como auxiliar de biblioteca do CEU São Miguel Luiz Melodia, onde continua seu trabalho de difusão de informação através de contações de histórias, saraus, informativos, poesia, palestras, entre outras linguagens e hoje possui um olhar ampliado também para jovens e crianças, que estão tendo os seus amanhãs formados pelos profissionais de educação no hoje.