Pedro Silvério
Homem trans, bissexual, ativista, barman e coordenador da pasta de Saúde Pública no IBRATSP.
Nascido em 1994 em São Paulo, com 8 anos se mudou para o interior do estado na cidade de Assis, onde cresceu e morou até os 19 anos, quando decidiu retornar para São Paulo para buscar oportunidades de trabalho.
Pedro sempre gostou de ajudar as pessoas trazendo informações. Na adolescência acreditava poder ajudar as pessoas através da psicologia, por isso lia livros e artigos de forma independente para aprender mais sobre o assunto. Foi quando percebeu que talvez não fosse exatamente o que queria.
Em 2016 com 22 anos, se entende enquanto uma pessoa transmasculina e se aproxima de movimentos culturais e políticos sobre pessoas trans ainda de forma assistida.
Nesse período também dedicava seu tempo trabalhando CLT exercendo diversas funções em vários setores como o de alimentos, bebidas e atendimento ao público onde sempre se destacou por sua paciência e empatia com o outro.
Em 2020 conheceu o IBRAT, passou a acompanhar as atividades que eram realizadas e ali percebeu que poderia contribuir com algum tipo de ajuda no instituto.
Em outubro de 2022 em uma reunião com o coordenador Kyem Araújo solicitou sua entrada para o instituto onde iniciou-se assumindo o Projeto de Saúde Mental, que se trata de um projeto que oferece atendimento psicológico com vagas acessíveis para pessoas transmasculinas. Após um período percebeu a necessidade de melhoria na estrutura do projeto, e junto aos demais membros aplicou melhorias tornando então um projeto mais robusto e organizado.
Também entrou como titular nas reuniões do Comitê de Saúde Integral de pessoas LGBTQIA+ assumindo a cadeira de demandas transmasculinas representada pelo IBRATSP que, com o tempo escutando relatos de outras pessoas trans e com ajuda do Kairos (quem participava das reuniões anteriormente representando o instituto) e do Kyem foi entendendo como apresentar e discutir as demandas nas reuniões.
Fez parte da atualização do "Protocolo T" que é um projeto que se deu início nas reuniões do comitê LGBTQIA+, para que qualquer pessoa com acesso a internet consiga buscar informações sobre atendimento médico e passo a passo em diversos setores da saúde, como por exemplo o acesso a cirurgias.
O protocolo também serve para os profissionais de saúde passarem instruções para os pacientes que os procuram.
Participou da construção e elaboração do questionário de "Mapeamento da População Trans no estado de São Paulo", atualmente em andamento na Região Metropolitana da Baixada Santista. Esta pesquisa é uma iniciativa conjunta da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP e do Centro de Referência e Tratamento - CRT IST/AIDS. Seu principal objetivo é conhecer as condições de vida e saúde das pessoas trans na região da Baixada Santista, com a perspectiva de expandir o estudo para todo o estado.
Fez parte da construção da cartilha de "Redução de danos do uso de binder" que foi uma iniciativa do IBRATSP junto ao coletivo de corrida de rua Trans no Corre, onde trabalhou com olhar da experiência do cliente, ajustando textos para melhor compreensão, e analisando e discutindo possibilidades para a melhor experiência visual em alguns pontos da cartilha junto ao ilustrador.
Pedro também busca espaço de expressão na área da saúde em diversas organizações e instituições e faz parte da Frente Parlamentar LGBTQIA+ onde representa o instituto para combater os ataques à comunidade.
Ele acredita que a luta pela saúde, vida social e humanizada de pessoas trans é contínua e de extrema importância e devemos fortalecer cada vez mais nossa mente e corpo para combater o ódio e preconceito.
